Dia 20 de outubro é o Dia Mundial de Combate à Osteoporose, doença caracterizada pela perda da massa óssea que raramente apresenta sintomas
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 200 mil pessoas morrem anualmente em decorrência da doença no Brasil – Foto: Wikipédia
A osteoporose é uma doença silenciosa, mas que pode trazer consequências graves, as fraturas. Segundo dados da Associação Brasileira da Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso), só 20% das pessoas com osteoporose recebem o diagnóstico.
Para colocar o assunto em pauta, 20 de outubro é considerado o Dia Mundial de Combate à Osteoporose. Segundo o médico Francisco José Albuquerque de Paula, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e presidente da Abrasso, o processo de envelhecimento provoca a perda natural de massa óssea e isso é mais comum em mulheres.
A partir dos 40 anos, as pessoas passam a sofrer um processo contínuo de perda de massa óssea, “mas nas fases peri e pós-menopausa, por volta dos 50 anos, as mulheres perdem cerca de 10% dessa massa, por isso a doença é mais frequente entre elas”.
Mas o médico alerta que não são só as mulheres que precisam estar atentas à osteoporose, pessoas muito magras, fumantes, consumidores de álcool em excesso, portadores de doenças como diabete e hipotireoidismo e aqueles que fazem uso regular de corticoides também devem fazer uma avaliação para verificar a presença da doença. Para os demais, o médico diz que a avaliação deve ser feita a partir dos 65 anos para as mulheres e 70 para os homens.
COMPLICAÇÕES DA OSTEOPOROSE
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 200 mil pessoas morrem anualmente em decorrência da doença no Brasil. Quem sobrevive das cirurgias de correção de fraturas, comuns em quem tem osteoporose, pode ter que conviver com sequelas. “O período após uma cirurgia de correção de fratura de quadril, por exemplo, pode ter uma série de complicações e levar à morte. Daquelas que sobrevivem, de 20% a 40% permanecem com alguma incapacidade, ou seja, a pessoa perde autonomia, então a repercussão na perda de qualidade de vida é muito grande. Esses números dão uma ideia clara da importância da doença.”
Foto: BruceBlaus/Wikimedia Commons
PREVENÇÃO
A boa notícia é que a osteoporose pode ser prevenida e de forma simples, segundo Albuquerque de Paula, com uma alimentação saudável em relação à saúde óssea. Para essa alimentação saudável, o médico diz que é necessário ter uma quantidade ideal diária de cálcio, vitamina D e proteína, inclusive na infância, para que a criança desenvolva todo o potencial de formação óssea.
Os principais alimentos que contém cálcio são o leite e seus derivados. “O ideal é que tenhamos três porções de leite ou derivados ao longo do dia, todos os dias. Já a vitamina D pode ser produzida espontaneamente a partir da exposição solar, 15 minutos em 20% do corpo são suficientes para a quantidade necessária diariamente. Se não for possível e for necessário, pode ser suplementada com a vitamina vendida na farmácia, sempre com orientação médica.”
Por: Ferraz Junior e Rose Talamone
Notícia retirada do site do Jornal da USP