Consumo de tabaco e álcool em excesso são fatores de risco para o desenvolvimento da doença
O câncer de cabeça e pescoço engloba uma série de tumores malignos que podem aparecer na cavidade oral, faringe, laringe, cavidade nasal, seios paranasais, tireoide e glândulas salivares. Atualmente, a doença representa uma das principais causas de morbidade e mortalidade por câncer no Brasil e os dados referentes ao diagnóstico desses tumores, com exceção da tireoide, ainda são preocupantes. Em média, 76% dos casos só são diagnosticados em estágio avançado, o que dificulta o tratamento, além de elevar a taxa de mortalidade.
Entre 2017 e 2020, a taxa de mortalidade ajustada no Brasil variou de 5,69 óbitos por 100 mil habitantes, em 2017, para 5,12 óbitos por 100 mil habitantes, em 2020. Entre os homens, essa taxa variou de 9,20 óbitos por 100 mil homens, em 2017, para 8,21 óbitos em 2020. Entre as mulheres, a taxa de mortalidade foi de 2,34 óbitos por 100 mil mulheres em 2017 e 2,17 óbitos por 100 mil mulheres em 2020.
Os cânceres de cabeça e pescoço ocorrem frequentemente em homens acima de 40 anos e fumantes. O consumo do tabaco aumenta em até cinco vezes a chance de desenvolvimento da doença. Se associado ao consumo de álcool, o risco aumenta ainda mais. Infecção pelo HPV também é um fator de risco para o câncer de orofaringe.
A estratégia de prevenção é baseada na eliminação dos fatores de risco, ou seja, não fumar, evitar o consumo de bebidas alcóolicas e utilizar preservativos durante o sexo oral. Bons hábitos alimentares também são recomendados.
Os principais sinais e sintomas desse tipo de tumor incluem: aparecimento de um nódulo no pescoço, ferida na cavidade oral que não cicatriza em até 15 dias, dor de garganta que não melhora, dificuldade para engolir e alterações na voz ou rouquidão. Embora possam estar relacionados a outras condições clínicas, esses sintomas devem ser investigados.
Os tumores malignos de cabeça e pescoço, quando diagnosticados inicialmente e o tratamento oncológico iniciado imediatamente, apresentam um prognóstico muito favorável, aumentando a sobrevida e a qualidade de vida do paciente.
NO SUS
Por meio das equipes da Atenção Primária à Saúde, a população fica informada sobre a importância de procurar os profissionais de saúde bucal diante de qualquer sinal ou sintoma de alerta para um diagnóstico precoce.
O tratamento oncológico no âmbito do SUS, independentemente do tipo de tumor, deve ser realizado em estabelecimento habilitado em oncologia, como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) ou Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), que deve oferecer assistência geral, especializada e integral ao paciente com câncer, atuando no diagnóstico e tratamento.
A assistência especializada abrange sete tipos de ações a depender de cada caso: diagnóstico, cirurgia oncológica, radioterapia, quimioterapia (oncologia clínica, hematologia e oncologia pediátrica), medidas de suporte, reabilitação e cuidados paliativos.
Notícia retirada do site do Ministério da Saúde